A doença renal crônica é caracterizada por uma lesão nos rins, que se mantém por pelo menos três meses, que acarretam consequências no funcionamento do órgão.

Os rins são responsáveis pela filtragem do sangue, regulação da pressão arterial, eliminação das toxinas do corpo, controle da quantidade de sal e água no corpo, produção de hormônios e mais.

Dados da doença renal crônica no Brasil

No Brasil, as doenças renais crônicas atingem uma em cada dez pessoas. Além disso, mais de 20 mil brasileiros por ano começam tratamento de hemodiálise ou diálise peritoneal.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a demanda pelo serviço de diálise cresce anualmente, mas a rede de atendimento não consegue acompanhar o aumento na mesma proporção, principalmente nas regiões mais distantes e menos favorecidas.

Marcelo Mazza, presidente da SBN, disse que a doença renal crônica já pode ser considerada epidêmica, visto que 10% dos adultos são acometidos, e a incidência vem aumentando.

Em março de 2020, os índices apontavam que 133 mil pessoas dependiam de diálise. Esse número cresceu 100% nos últimos dez anos.

Anualmente, mais de 20 mil pacientes entram em hemodiálise, e mesmo assim, apenas 7% das cidades do Brasil têm serviço de diálise.

A taxa de mortalidade da doença é de 15% ao ano.

Doença Renal Crônica (DRC)

Em geral, nos estágios iniciais, as doenças renais crônicas pouco ou não apresentam sintomas. A prevenção e a detecção precoce são as ferramentas mais eficazes para combater essa epidemia.

Doenças Renais mais comuns

• Cálculos renais (pedra nos rins);
• Infecção renal;
• Cistos renais;
• Tumor ou câncer de rim;
• Insuficiência renal.

Principais fatores de risco

• Diabetes, tanto a tipo 1 quanto a tipo 2;
• Hipertensão arterial;
• Obesidade;
• Histórico de doença do aparelho circulatório, como doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica ou insuficiência cardíaca;
• Histórico familiar de doença renal crônica.

Sintomas

• Pressão alta;
• Inchaço ao redor dos olhos e nas pernas;
• Fraqueza constante;
• Náuseas e vômitos frequentes;
• Dificuldades ao urinar (queimação ou dor quando urina, urinar muitas vezes, principalmente à noite, urina com aspecto sanguinolento, urina com muita espuma);
• Dor lombar que não piora com movimentos;
• Histórico de pedras nos rins.

Prevenção

• Prática regular de exercícios físicos – ao menos 150 minutos por semana;
• Redução do consumo de sal, carne vermelha e gorduras;
• Manutenção do peso corporal, pressão arterial, colesterol e a glicose sob controle;
• Não fumar;
• Não abusar do consumo de bebidas alcoólicas;
• Ingestão abundante de água;
• Realização de exames laboratoriais rotineiramente, checando a dosagem de creatinina no sangue e análise da urina.

Na observância de quaisquer sintomas indicativos de DRC, procure um médico para avaliar o quadro. Cuide-se.