O isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus, o fechamento dos centros comerciais, culturais, de entretenimento e turismo e o aumento das videoconferências são alguns dos fatores que estimularam o aumento da busca por cirurgias estéticas eletivas. 

Aumento de cirurgias plásticas durante a pandemia da Covid-19

O cirurgião Pedro Nery Bersan, diretor da Clínica Bersan, observou um aumento de pelo menos 30% desses procedimentos, no período de maio a agosto de 2020. 

“Um dos estimuladores está na obrigatoriedade do isolamento social, tornando possível o repouso pós-cirúrgico, necessário para a recuperação de qualquer procedimento invasivo”, disse Bersan. Estímulo veio com o isolamento social, que favorece a recuperação pós-cirúrgica, por haver redução de visitas e impossibilidade de sair.

O o cirurgião plástico Felipe Coutinho, presidente da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP-SP), acredita que com o aumento das videoconferências, as pessoas começaram a se olhar mais e, também, a se incomodarem com a aparência, percebendo que estão com um olhar cansado, por exemplo. Ele diz que a necessidade de ficar em casa e o afastamento compulsório do trabalho foram a oportunidade de realizar a cirurgia plástica planejada há algum tempo. 

Os dois cirurgiões observaram que a procura é maior por parte de pessoas jovens, principalmente mulheres, que têm estado mais reclusas em casa.

Procedimentos mais procurados

Segundo Pedro Nery Bersan, as cirurgias mais realizadas na sua clínica nesse período foram as de mama – redutoras e de aumento com implantes de silicone, lipoaspirações, e rinoplastias.

Para Felipe Coutinho, desde o fim da suspensão para as intervenções eletivas, em junho, dois tipos de procedimentos começam a se destacar pela procura: a rinoplastia e a blefaroplastia, que é a remoção da pele enrugada das pálpebras dos olhos.

Coutinho enfatiza que nos procedimentos leves, não há motivos para grandes preocupações: “Procedimentos mais leves [como a rinoplastia, a blefaroplastia ou lipoaspirações] não interferem na imunidade do organismo. São procedimentos que não exigem internação e não colocam um risco maior de contaminação no pós-operatório”, explica ele.

Importância da manutenção da temperatura e nível de sedação adequados

Temperatura

A Revista Brasileira de Anestesiologia publicou em 2006 uma pesquisa sobre a hipotermia durante o ato cirúrgico, que chegou à conclusão de que ela pode ocorrer durante o ato anestésico-cirúrgico devido à inibição direta da termorregulação pelos anestésicos, à diminuição do metabolismo e à perda de calor para o ambiente frio das salas cirúrgicas, mesmo com a utilização de aquecimento ativo. Quando ocorre de forma inadvertida, pode estar associada a numerosas complicações. A manutenção da normotermia (temperatura adequada) reduz os efeitos indesejáveis da hipotermia, que pode causar tremores musculares, desconforto e o aumento da demanda metabólica.

Sedação

A sedação deve trazer conforto ao paciente. O uso excessivo, desnecessário e prolongado pode conduzir a diversas complicações. O emprego da escala de monitorização serve para controlar causas reversíveis de agitação (dor, hipoxemia, hipotensão, hipoglicemia, delirium) e aperfeiçoar o ambiente (controle do ruído, reduzir exposição do paciente, temperatura estável e adequada), entre outras coisas.

Como controlar a temperatura e a sedação adequados?

O Warm Touch é um sistema de aquecimento que proporciona segurança e conforto para a manutenção da normotermia. 

São mantas versáteis que permitem a aplicação eficiente de calor, proporcionando cuidado adequado ao paciente, com recurso exclusivo para elevação rápida da temperatura em situações críticas, circulação de ar ambiente e mantas que não perdem a distribuição uniforme de calor quando houver dano de forma segura, rápida e eficaz. Com possibilidade de regulação em diferentes níveis de temperatura, controla a temperatura do ar em baixa, média, alta e reforço (45 minutos em temperatura de 47°C para hipotermia moderada a grave).

As mantas são fabricadas em material hipoalergênico, radiopacas, hidrofóbicas, leves e resistentes. São de uso único, auxiliando na prevenção da contaminação cruzada e evitando o contágio da Covid-19. 

Para controlar os níveis de sedação no período operatório, a monitorização cerebral tipo BIS é a ferramenta usada.

O BIS é um monitor do nível de consciência dos pacientes submetidos à sedação. Ele faz uma avaliação direta dos efeitos dos anestésicos no cérebro, através da leitura da atividade cerebral do córtex frontal. Um algoritmo traduz a leitura em um número clinicamente testado no intervalo de 0 a 100, indicando o nível de consciência.

Esse sistema de monitoramento cerebral é usado para determinar e administrar a quantidade precisa do medicamento anestésico.

Lembrando que os melhores e mais modernos monitores, sensores e conversores BIS são da Medtronic e estão disponíveis na Brakko.